segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Férias 2015 – Cabo Frio/RJ - Parte Final

Terça 14/07

Na terça levantamos cedo e começamos a guardar nossas tralhas. Partimos do camping umas 11h sentido Cabo Frio (como dito na publicação anterior, a região é bastante alta, a serra é dividida em 2 partes, a primeira pós Penedo com 10KM e depois descemos uns 3 KM até Visconde, o corsinha guerreiro subiu bravamente, por falta de experiência achei que o problema era subir a serra, quando na verdade era descer, no meio da serra, por conta do uso contínuo, do sobrepeso da carreta impulsionando o carro, acabamos fritando os freios, as calotas derreteram e se perderam, e por sorte notei que o freio acabaria segundos antes dele zerar, porem tínhamos passados uns 100 metros de uma área de descanso, estávamos num ponto cego, e por mais imprudente que possa parecer, orientei a Amanda a ficar próxima da curva para sinalizar para os veículos que estavam descendo e voltei de ré, com muita dificuldade (só quem já manobrou uma carretinha sabe) consegui chegar em um ponto que coube uma manobra de retorno e encostamos numa lanchonete no meio da serra, ficamos parados por cerca de 1h, aproveitamos o tempo para um lanche e depois de resfriado o carro voltou a frear.






Após o susto a viagem foi tranquila, seguimos pela Dutra e conseguimos atingir nosso objetivo que era atravessar a Ponte Rio-Niterói antes das 17h, mas nossa alegria durou pouco, perdemos 1h de transito na BR-101 por conta de duplicação de uma das pistas, depois disso foi pista lisa pela Via Lagos e às 19h estávamos em Cabo Frio, a princípio ficaríamos no Camping Militar. Mas ao conferir o local percebemos que por conta da proximidade da praia (pé na areia) ventava demais, outro fator foi que o camping estava vazio, não ficamos e fomos conhecer o Camping Dunas do Peró, já tínhamos visto que Sr. Luiz do site O Campista tinha passado uns dias lá e pra lá nos fomos.








Chegamos no camping e fomos muito bem recebidos pelo Claudio, após check in fomos escolher nosso lugar, o Dunas do Peró é bem arborizado e para nós de Carretas-barracas isso é uma problema, torna-se muito mais difícil achar um local que caiba toda nossa tralha, como o camping estava com poucos campistas conseguimos um lugar bacana, algo que não deve ser fácil na alta temporada, o local escolhido já estava testado e aprovado, ficamos exatamente no mesmo local onde Sr. Luiz estava acampado, e enquanto montávamos nosso equipa tivemos a honra da presença dele e de Dona Joana, pena que foi rápido o encontro, eles foram dormir cedo pois iriam embora na manhã seguinte e nós seguimos na montagem.

Abro um parênteses aqui para agradecer toda a gentileza do Cláudio, que enquanto montávamos nosso equipamento, gentilmente nos ajudou com um pedido de pizza e que nos trouxe na barraca assim que ela chegou.


De bucho cheio, ainda finalizamos a montagem e fomos descansar para aproveitar começar a aproveitar a viagem durante os próximos dias.

Quarta 15/07

Como tivemos um dia bem longo na terça, optamos em ficar por perto, conhecer o camping e assim o fizemos, a dispensa estava vazia então fui “caçar” um mercado com a Melissinha, durante nossa ida ao centro achei um calçadão só com artigos de banho, que depois fomos saber que se chamava a Rua dos Biquínis, como estávamos no inverno de cara percebi que os preços estavam bem atrativos e na parte da tarde voltamos com a Amanda para elas comprarem uns biquínis novos, fizemos ainda um pequeno passeio no centro em busca de caixa eletrônico e voltamos para o camping, onde jantamos e depois ficamos assistindo filme.










segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Férias 2015 – Visconde de Mauá/RJ parte 1

Quem me conhece sabe o quão metódico e detalhista eu sou quando o assunto é viagem, principalmente se tratando de uma viagem de férias, que geralmente são mais dias e mais destinos, mas dessa vez foi totalmente diferente.

Iria aproveitar o dinheiro das férias e trocar o nosso carro, que era 1.0. Apesar de dar conta de rebocar nossa carreta-barraca, as vezes tínhamos medo de pegar uma serra muito íngreme ou um terreno mais desnivelado no camping e atolar.

O que acabou acontecendo é que duas famílias de amigos iriam acampar em Visconde de Mauá, são eles Gerfesson e Carla e a Família Cerrito (Fábio, Ju, Naty e Juninho) e recebemos o convite para ir com eles, combinei o seguinte, se conseguisse fazer tudo o que tinha para deixar o “Corsa rebocador bruto” apto a venda nós iríamos. Achei que gastaria mais tempo e dinheiro, mas o carro ficou pronto na quarta (08/07) à tarde e então pudemos ir com eles.

O plano era sair na quinta (09/07) as 5h da manhã, mas ficamos na noite anterior em um churrasco em família que rolou até tarde, resumindo perdemos a hora e acordamos as 10h, ainda tínhamos que separar as tralhas e descer para o carro, mas sem problemas estávamos de férias.

Saímos de casa por volta das 11:30 e quando já entravamos no rodoanel, (+/- 10 km de casa) notei que tinha esquecido a chave da carreta, fizemos o retorno e procuramos um lugar para deixar a carreta, Amanda voltou para casa junto com a Melissinha e eu fiquei aguardando, o que nos fez perder mais de 1 hora, assim que Amanda voltou engatamos a “Toy Story “e seguimos nossa rota.



O dia estava lindo e nada poderia estragar o nosso passeio, seguimos ligeiramente e espertos até o Frango Assado de Jacareí onde fizemos uma pequena pausa para o lanche, algo que geralmente não fazemos, pois os preços dos restaurantes na estrada estão pela hora da morte, (3 salgados, 2 refrigentes e 1 pão de semolina = 50 reais - quase o valor de 2 diárias em um camping), procuro levar lanches no carro e água, parada só para reabastecimentos e um pit stop no sanitário.


Após parada, seguimos nossa caminhada até Visconde de Mauá. Não pegamos transito algum, seguimos livremente pela Rodovia Presidente Dutra, pegamos a saída 311 sentido Penedo-visconde de Mauá e começamos a subir a Serra da Pedra Selada, subida bastante íngreme que exigiu muitas vezes a primeira marcha, mas o Rebocador Bruto não se intimidou e subiu bravamente, as vezes com a língua de fora, mas em nenhum momento pensou em desistir, aproveitou-se somente da pequena pausa que fizemos aos 1300 metros de altura em um mirante.







Aliás, essa pausa foi muito engraçada. Estávamos começando a se ajeitar para seguir e a Família Cerrito chegou buzinando, kkkkk muito engraçado porque não combinamos nada, até porque eles disseram que só iriam na sexta, mas conseguiram antecipar a viagem. Após alguns minutos para as devidas fotografias seguimos para o Barragem’s Camping onde Gerfesson e Carla já estavam por lá iniciando a montagem do acampamento, chegamos as 18h.



 Após a montagem das barracas tomamos um delicioso caldo de ervilha bem quentinho que a Carla já levou pronto, o termômetro beirava os 15 graus. Esticamos um pouco no bate-papo e depois fomos todos dormir. Depois da friaca congelante que pegamos em Campos do Jordão no ano anterior aprendemos que com frio não se brinca, e dentro da barraca já com nosso aquecedor ligado e com as muitas cobertas tivemos uma noite tranquila de sono.




Sexta 10/07

Acordei cedo na sexta, por volta das 7h, saí para dar uma olhada no amanhecer e tirar umas fotos do acampamento, a grama estava bem molhada, geou a noite toda e os primeiros raios de sol começaram a esquentar o nosso dia, tomamos um belo café da manhã com a Família toda, com direito a bolinho caipira feito pela Ju Cerrito, bom demais essa vida.





Visconde de Mauá é uma vila bem pequena, e como saímos de ultima hora não tive tempo para pesquisar sobre o local, a vila é tão pequena que não possui banco nem caixas eletrônicos, o jeito foi descer até penedo +ou- 25 km, e atravessar a serra novamente, saímos eu, Fábio e Gerfesson em busca da grana e também um supermercado, já tínhamos planos para o almoço, e é claro que sairia um churrasco,  apesar dos poucos km’s o caminho é totalmente trecho de serra, entre ir, mercado e voltar, gastamos mais de 2h, chegamos perto da hora do almoço, o negócio foi logo meter bronca na churrasqueira.





Depois do almoço fomos dar uma volta e conhecer as cachoeiras de Maromba, o sol já não tinha forças e o começou a esfriar, fomos até a cachoeira do Poção dos 7 metros demos uma olhada mas ninguém se encorajou a entrar na água, então voltamos para o camping.







Após o banho decidimos dar uma volta na vila de Visconde de Mauá onde há muitos restaurantes e lojinhas. Gosto é gosto né, mas gostaria de dizer que pra mim essa região é infinitamente mais gostosa do que Campos do Jordão, não há luxo em exagero, mas é possível encontrar bons restaurantes com um preço bem mais justo! Campos é pura ostentação ao meu ver, algo que não gosto e nem tenho condição de fazer... mas voltando a parte boa comemos um fondue de chocolate de uma lojinha por 5 mangos, medida exata, mas confesso que poderia estar um pouco mais quente, mas por 5 mangos pra mim valeu!








De volta ao acampamento tivemos mais uma deliciosa noite de caldo, desta vez de mandioca, hummmm esse feito pela Ju, já com o bucho “forradinho” e aquecido, partimos cada uma para sua barraca para mais uma noite de sono.





Sábado 11/07

Acordamos cedo na manhã seguinte, mais uma vez aquele café da manhã reforçado com os amigos, com direito até a um bolo de fubá, puxa gente como gosto disso, acordar no camping é algo que realmente gosto de fazer nesta vida, a sensação de liberdade e respirar uma ar puro é boa demais.

Saímos para mais uma caminhada, desta vez partimos para o lado de lá do rio que já pertence a Maringa-MG, fomos conhecer a Casa do Chocolate e a Fábrica de Velas, lugar realmente é muito bonito, tiramos belas fotos para mostrar para vocês, depois seguimos um pouco mais adiante para conhecer uma cachoeira muito bonita com uma bela piscina natural, que em dias de calor deve ser muito boa, mas que por um descuido acabei não pegando o nome do local, ficamos lá por um tempo, até a hora do almoço propriamente dito, e então seguindo a indicação de um japa – farmacêutico local, fomos conhecer o Restaurante “Cheiro Verde” para degustar as famosas trutas da região.













O restaurante é simples e de preço justo, pra nossa família saiu por volta de 85 reais, as 3 refeições, os refrigerantes, cerveja e uma cachacinha básica. É possível ver que o filé da truta vem em porção bem generosa e o sabor hummmm... só posso dizer, não deixem de experimentar.






De volta ao camping com o bucho cheio, ficamos naquele bate papo básico, tivemos até a honra da presença do Sr. Rony proprietário do camping, juntos tomamos mais uns goles daquela bendita água que os pássaros não bebem e puxamos até uma paia!




Após o encerramento de mais um belo dia, aquecemos as canelas com um banho quente e aquele caldinho que não pode faltar, o de hoje era de lentilha, aproveitamos a nossa última noite juntos e voltamos ao centrinho de Visconde para mais uma vortinha.





Domingo 12/07

Domingo amanheceu triste, pois nossos amigos iriam embora, todo aquele monta e desmonta deixa um ar de “dessa vez acabou”, mas não antes de mais uma belo de um almoço em família. O Sr. Rony nos indicou a casa de um pescador de truta, fomos até lá comprar truta fresca para o almoço, aproveitei e fiz uma compra para viagem, que a família Cerrito fez o favor de deixar em seu freezer para que fosse pego na volta, o Master Chef da vez foi o Fábio que não economizou no capricho e fez truta grelhada no azeite e alho seco. Ficou um espetáculo, muito boas e todos se alimentaram muito bem, passamos a tarde falando da divina truta.






No final do dia eles foram embora, Cerritos para São José dos Campos-SP e Gerfesson e Carla para Paraíba do Sul-RJ. A ideia inicial era nos reencontramos na semana seguinte em Cabo Frio-RJ, o que não acabou rolando para os Cerritos por compromissos de trabalhos, já Gerfesson e Carla tornamos a ver na sexta seguinte.

Como de costume após o jantar fomos bater perna no centro de Visconde de Mauá, dessa vez fomos caminhando naquela noite fria, do camping ao centrinho são aproximadamente uns 15 minutos de caminhada, mas como não tínhamos pressa seguimos caminhando vagarosamente, aproveitamos o frio para comer um fondue de queijo. A porção foi servida generosamente, pedimos uma porção extra de pão e nos alimentamos bem, o fondue + as bebidas saíram por r$ 65,00 reais com a taxa de serviço (nada mal para um jantar a luz de velas em plena serra e em plena temporada de inverno), por essas e outras que digo que essa região é infinitamente muito mais legal que Campos do Jordão, onde tudo é muito, mas muito inflacionado, mais um exemplo é o estacionamento, que pagamos r$ 5,00 reais a primeira hora e mais r$ 2,00 por hora adicional, em Campos não sai por menos de r$ 30,00 reais. 





Voltamos novamente ao camping caminhando sozinhos pelas ruas de Visconde, a cidade já estava bem vazia, uma vez que já era domingo à noite e muitos visitantes já tinham partido da cidade.




Segunda 13/07

A princípio iriamos partir na segunda cedo para Cabo Frio, mas mudamos de ideia e decidimos conhecer as quatro principais cachoeiras da região. Após o café da manhã saímos para conhecer a cachoeira Santa Clara, após a queda d’água formasse uma pequena piscina natural, para os amantes de esporte radical esta é um bom local para a pratica do rapel. Do camping até ela são aproximadamente 5 km, fomos de carro, mas para quem gosta de caminhar, é tranquilo.








De lá partimos para a Cachoeira do Véu da Noiva, esta já mais próxima da Vila de Maromba. Apesar de toda a sua beleza, não há espaço para o nado, é só para se refrescar na pequena queda e tirar umas fotos e partir para as cachoeiras maiores.








Um dos cartões postais da região é a cachoeira do Escorrega, meio que obrigatório conhece-la, com acesso fácil tanto de carro como a pé, neste local pagamos estacionamento r$ 10,00 sem limite de horário, um jeito de “ajudar” quem mora e cuida do paraíso, como era uma segundona até dava para achar um cantinho, mas preferimos pagar e colaborar com a comunidade local. Um toboágua natural, assim é a cachoeira do escorrega, moldado pela natureza após uma tromba d’água nos anos 60 (assim nos contou o Sr. Rony), apesar de toda a sua beleza e o toboágua convidativo ficamos só molhando a beirinha dos pés, a água estava congelante e deixaremos para aproveitá-la numa outra oportunidade em um dia de verão.










A quarta e última cachoeira que visitamos foi a do Poção de 7 metros. No local há uma pedra de onde é possível pular em piscina natural profunda. Quando tivemos nessa cachoeira no primeiro dia de acampamento, já estava tarde e o frio doía à alma, prometi que pularia lá de cima aos amigos, e assim fiz, mesmo com muito frio na barriga eu corri e me joguei para as profundezas de água gelada, por falta de um... dei 2 saltos, pois justo na hora do salto acabou a bateria da filmadora e então repeti o salto e filmamos com o celular. A água estava realmente muito gelada e assim sendo, foi pular e sair logo. Retornamos para Visconde e depois almoçamos no camping por volta das 17h.


Esta era nossa última noite na região, e fechamos com chave de ouro, em uma das nossas visitas ao centrinho de Visconde. Vimos em duas oportunidades uma mulher cantando um MPB muito bem em um pub, de visual bem aconchegante, todo de madeira chamado “Casebre”, o local estava sempre cheio. Mas em plena segundona estava com algumas mesas vazias e decidimos entrar e apreciar o show da cantora Jane Lopez. Tomamos a Serra Gelada, cerveja artesanal da região, comemos uma porção de fritas com parmesão e até levamos um CD da cantora. Ficamos ali até às 22h e satisfeitíssimos voltamos para o aconchego dos cobertores de nossa barraca e repousamos nossa última noite no Barragem’s Camping.






Continua...

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