Férias 2015 – Cabo Frio/RJ - Parte Final

Terça 14/07

Na terça levantamos cedo e começamos a guardar nossas tralhas. Partimos do camping umas 11h sentido Cabo Frio (como dito na publicação anterior, a região é bastante alta, a serra é dividida em 2 partes, a primeira pós Penedo com 10KM e depois descemos uns 3 KM até Visconde, o corsinha guerreiro subiu bravamente, por falta de experiência achei que o problema era subir a serra, quando na verdade era descer, no meio da serra, por conta do uso contínuo, do sobrepeso da carreta impulsionando o carro, acabamos fritando os freios, as calotas derreteram e se perderam, e por sorte notei que o freio acabaria segundos antes dele zerar, porem tínhamos passados uns 100 metros de uma área de descanso, estávamos num ponto cego, e por mais imprudente que possa parecer, orientei a Amanda a ficar próxima da curva para sinalizar para os veículos que estavam descendo e voltei de ré, com muita dificuldade (só quem já manobrou uma carretinha sabe) consegui chegar em um ponto que coube uma manobra de retorno e encostamos numa lanchonete no meio da serra, ficamos parados por cerca de 1h, aproveitamos o tempo para um lanche e depois de resfriado o carro voltou a frear.

Após o susto a viagem foi tranquila, seguimos pela Dutra e conseguimos atingir nosso objetivo que era atravessar a Ponte Rio-Niterói antes das 17h, mas nossa alegria durou pouco, perdemos 1h de transito na BR-101 por conta de duplicação de uma das pistas, depois disso foi pista lisa pela Via Lagos e às 19h estávamos em Cabo Frio, a princípio ficaríamos no Camping Militar. Mas ao conferir o local percebemos que por conta da proximidade da praia (pé na areia) ventava demais, outro fator foi que o camping estava vazio, não ficamos e fomos conhecer o Camping Dunas do Peró, já tínhamos visto que Sr. Luiz do site O Campista tinha passado uns dias lá e pra lá nos fomos.

Chegamos no camping e fomos muito bem recebidos pelo Claudio, após check in fomos escolher nosso lugar, o Dunas do Peró é bem arborizado e para nós de Carretas-barracas isso é uma problema, torna-se muito mais difícil achar um local que caiba toda nossa tralha, como o camping estava com poucos campistas conseguimos um lugar bacana, algo que não deve ser fácil na alta temporada, o local escolhido já estava testado e aprovado, ficamos exatamente no mesmo local onde Sr. Luiz estava acampado, e enquanto montávamos nosso equipa tivemos a honra da presença dele e de Dona Joana, pena que foi rápido o encontro, eles foram dormir cedo pois iriam embora na manhã seguinte e nós seguimos na montagem.

Abro um parênteses aqui para agradecer toda a gentileza do Cláudio, que enquanto montávamos nosso equipamento, gentilmente nos ajudou com um pedido de pizza e que nos trouxe na barraca assim que ela chegou.

De bucho cheio, ainda finalizamos a montagem e fomos descansar para aproveitar começar a aproveitar a viagem durante os próximos dias.

Quarta 15/07

Como tivemos um dia bem longo na terça, optamos em ficar por perto, conhecer o camping e assim o fizemos, a dispensa estava vazia então fui “caçar” um mercado com a Melissinha, durante nossa ida ao centro achei um calçadão só com artigos de banho, que depois fomos saber que se chamava a Rua dos Biquínis, como estávamos no inverno de cara percebi que os preços estavam bem atrativos e na parte da tarde voltamos com a Amanda para elas comprarem uns biquínis novos, fizemos ainda um pequeno passeio no centro em busca de caixa eletrônico e voltamos para o camping, onde jantamos e depois ficamos assistindo filme.

Quinta 16/07

Começa a saga de peregrinação pela região dos lagos, o primeiro local que queríamos conhecer era Arraial do Cabo, Amanda queria muito conhecer o Pontal do Atalaia e então pra lá nos fomos. As fotos a seguirem falam por si, de longe um dos lugares mais bonitos que já estivemos, águas cristalinas e geladas, com variações de cores entre o azul e verde. Dos mirantes tiramos fotos e depois seguimos uma estradinha que nos levaria a um paraíso.

Após descer uma escadaria imensa chegamos a uma pequena praia de areia branca e suas águas cristalinas completam a paisagem, é a famosa Prainha do Atalaia. Negociamos com uma barraquinha uma mesa com cadeiras e ali passamos o dia, aqui os custos já são mais altos, pagamos r$ 70 reais de consumação, a cerveja até que estava boa, r$ 5 latinha r$ 7 latão, ficamos na praia até as 14h. Depois seguimos para a Praia dos Anjos, de onde saem os barcos para os passeios, mas só lá ficamos sabendo que os passeio saem até 12h/13h, então voltamos a Cabo Frio, são cerca de 18 km em uma pista boa.

Já em Cabo Frio aproveitamos o Final do Dia para conhecer as praias próximas ao camping, conhecemos a Praia do Peró, a Praia das Conchas e a Ilha do Japonês, lugares muito bonitos.

Como descobrimos onde era o Mercado do peixe, antes de voltar para o camping fomos lá comprar camarão fresco, voltamos ao camping e nesta dia fizemos um delicioso jantar, macarrão ao molho de camarão, que ficou uma “diliça”.

Sexta 17/07

Hoje foi o dia para conhecer a tão falada Búzios, ir para lugares famosos e muito comentados sempre gera uma alta expectativa, assim foi com Búzios, mas eu e minha família particularmente não gostamos de lá, a sinalização é péssima, você segue as placas e no meio do caminho elas te deixam na mão, andamos um tempo já em búzios e não víamos a praia, nós queríamos ir para a Praia da Ferradura, quando enfim chegamos na praia, já fomos logos assediados por flanelinhas, daqueles bem gentis, do tipo ou você paga ou paga, consegui despistá-lo  e achamos uma vaga, a praia da ferradura é muito bonita, poucas ondas e tranquila, aqui já tivemos nosso segundo problema, alugar mesa e cadeiras. Me ofereceram por R$ 20 sem consumação. Acabamos fechando e pedi mais uma cadeira para a Melissa e me cobraram mais R$ 5 e assim que nos sentamos já nos cobraram o valor, alegando que tinha que ser pagamento antecipado. Argumentei que era melhor pagar depois já que ia passar o cartão de débito e preferia pagar a consumação junto, então perguntei, o valor da cerveja e era R$ 7 latinha, R$ 10 latão. Achei muito caro e sai fora.... por mais gostoso que seja uma cervejinha na praia eu nunca pagarei R$ 10 reais em uma lata... procuramos um cantinho beirando a frente de um hotel, lá já estava um casal e ficamos por lá.

Tirando os imprevistos posso dizer que a praia é linda, nadei com a Melissinha e inclusive alugamos um Stand up por R$ 25 reais 30 minutos, nós só não conseguimos ficar de pé mas o resto deu tudo certo kkkkk, após algumas tentativa de 2 a Me desistiu eu tentei mais um pouco e logo depois acabei desistindo kkkk, ficamos mais um pouco e depois voltamos pra Cabo Frio.

Como tivemos muitas decepções com o local nem almoçamos por lá saímos de lá e fomos para o Mercado do Peixe, onde mais uma vez fizemos uma ótima refeição.

Depois de um belo almoço fomos fazer a digestão lá na Praia do Forte, excelente Praia, bem no centro de Cabo Frio, totalmente urbanizada, e com a famosa avenida a Beira mar, estava ventando muito e já fazia frio, mas foi perfeitamente possível admirar toda a sua beleza.

A noite a Amanda fez um delicioso Risoto de Camarão e depois ficamos tomando uma gelada e esperando nossos amigos Gerfesson e Carla que chegaram por volta das 22h, servimos o jantar para eles e depois fomos conhecer o trailer que eles alugaram. Nada mais, nada menos do que um Turiscar Diamante 660, apesar de repudiar todo trailer roda quadrada, essa seria a primeira vez que repousaríamos em um trailer.

Mimi, a gatinha que nos visitou todos os dias no Camping, Melissa quase trouxe ela com a gente.

Sábado 18/07

Objetivo do dia, fazer o passeio de barco em Arraial do Cabo, chegamos na Praia dos Anjos por volta das 9:30h, ainda longe do píer já víamos ao agentes locais vendendo os passeios, então conhecemos o Alan do barco Alexandre’s, que tem um barco maneiro, fez um desconto pra gente, além de não cobrar a Melissinha. O passeio durou de 3h a 4h e conhecemos a Ilha do Fárol, a Fenda de Nossa Senhora, a Gruta Azul, Pedra do Macaco, Praia do Forno e as Prainhas do Atalaia. Tivemos três paradas onde é possível nadar e mergulhar, chegamos em terra firme por volta das 16h, já fazia bastante frio, e então seguimos para o camping. Engraçado apesar de ficar a maior parte do tempo sentado apreciando as lindas paisagens o passeio cansa bastante, quando chegamos no camping estávamos exaustos.

 

Pedra do Macaco

Pedra Partida

 

Gruta Azul

     

Pedra Partida

   

Praia do Farol

Praia do Farol

   

 

   

     

Praia do Forno

Praia do Forno

Praia do Forno

     

Fizemos uma noite da pizza e ficamos de papo bebericando umas caipirinhas até tarde.

Domingo 19/07

Acordamos um pouco mais tarde já que a noite anterior foi longa kkkk, pelo menos para mim e para Gerfesson que até as 2h estávamos tomando umas caiporas, depois do café da manhã decidimos retornar na Ilha do Japonês, já que Carla e Gerfesson não conheciam e era próximo ao camping.

Chegamos lá por volta das 11h, a maré estava bem baixa, e então conseguimos apreciar a beleza do local, na nossa primeira visita a maré estava alta e cheguei a ficar na duvida se era de água doce ou salgada, o dia estava lindo, a água mesclava entre azul e verde e o sol estava brilhante, lá ficamos até umas 15h, depois voltamos para o almoço.

Desta vez não queríamos fazer nada complicado, então arrumamos um galeto assado, as meninas preparam arroz, purê e salada, fizemos uma linda mesa e almoçamos todos juntos.

Nós também planejávamos pegar a estrada cedo então o Gerfesson nos convidou para dormir no trailer com eles, dessa maneira eu já ficava livre para desmontar o equipamento e assim fizemos, com as tralhas arrumadas e de banho tomado, já estava livre para mais umas caiporas, mas sem ir muito longe, pois acordaríamos cedinho na manhã seguinte.

Segunda 20/07

Gerfesson e Carla saíram as 4h, nem os vi partir. Nós saímos um pouco mais tarde, por volta das 6h, para evitar o transito retornamos pelo Arco Metropolitano, algo que achei maneiro de fazer, fugimos do trânsito com pequenos trechos ruins por conta dos caminhões.

Seguimos sem muitas paradas até a Serra das Araras onde o transito apertou, a descida estava sendo feita pela nossa pista o que nos rendeu um belo de um atraso, e exatamente nessa hora o sono apertou, troquei de lugar com a Amanda que pilotou uns 60 km, enquanto eu dormia para repor as baterias, já em Itatiaia trocamos novamente e então só paramos em São José dos Campos por volta das 14h.

 A ideia era uma passagem rápida, mas a Família Cerrito fez um belo de um almoço para a gente, acabamos nos estendendo mais do que o planejado, mas algo que valeu muito a pena, primeiro porque tivemos a oportunidade ficar com os amigos novamente, segundo porque ainda ganhamos a sobremesa, um maravilhoso pudim de leite condensado, e um bolo de fubá. 

Saímos de lá as 17h para não pegar muito transito e as 19h estávamos na casa da minha mamãe para matar a saudade.

Lembram que tínhamos comprados umas trutas que o Fabio gentilmente deixou em seu freezer? Pois é minha mãe acabou fazendo elas no jantar, eita como nós bebemos e comemos nestas férias...

Assim se encerra mais uma saga da Família Pé na Estrada, foram 12 dias de muitas alegrias, muitas aventuras e nenhuma tristeza, rodamos 1600 km, fomos das montanhas de Visconde de Mauá as belezas naturais de Arraial do Cabo, renovamos as baterias, voltamos pra casa com vontade de viajar mais, curtir mais nossa família e amigos e prontos para retornar a rotina da megalópole São Paulo.

Agradecemos a todos que nos incentivaram no Facebook e no Instagram, aos amigos Fábio, Ju, Naty e Juninho Cerritos, ao Gerfesson e a Carla, amigos que partilharam um pouco do tempo deles com o nosso, ao Sr. Rony e Dona Marina do Barragem’s Camping pela hospitalidade, ao Cláudio que em nome do Dunas do Peró, deu um exemplo de atendimento e receptividade, ao Sr. Luiz e Dona Joana pelas valiosas dicas e a todos que que curtem a Família Pé na Estrada.

Abraços

Junior ABC, Amanda e Melissinha XYZ

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