Partimos de Guarapari após tomarmos um excelente café da
manhã no Costa Mares, a saída da cidade é bem ruim, foi o pior trecho de
estrada que pegamos apesar de todos os problemas de sinalização como nos
trajetos passados aqui neste trecho é muito pior, pois o fluxo de caminhões é
grande e a estrada é bem esburacada, há trechos que é necessário utilizar a
pista do sentido contrário, rodamos uns 50 km em condições bem críticas.
Rumo à cidade maravilhosa após passarmos por lugares ruins
agora o caminho já nos “deseja” um bem vindo com excelentes paisagens, seguimos
destino ao Rio sem reserva de hotel ou pousada para ficarmos, tínhamos apenas o
telefone do Copahostel em Copacabana indicado por uma Tia do Junior, ao
cruzarmos a divisa do estado já na cidade de Campos dos Goytacazes iniciamos a
tentativa de fazermos uma reserva para 2 dias, pra nossa sorte não é que deu
certo, o que é a tecnologia nos dias de hoje, fomos trocando e-mails pelo
celular até fecharmos através de um contato telefônico a reserva, já estávamos
começando a cultivar aquele sentimento de fim de férias, mas a confirmação da
reserva foi o estopim para renascer a chama da alegria e continuamos a nossa
trajetória felizes da vida, de Guarapari ao Rio são 460 km seria o menor trecho
que iriamos percorrer, dava para fazer batidão sem parada, mas resolvemos parar
já próximo ao Rio, paramos na região de São Gonçalo, a parada foi feita num
restaurante escolhido a dedo ao lermos a faixa Temos o Banheiro mais limpo da região,
é impossível entrar num restaurante sentir o cheiro do almoço e não querer
almoçar, já que estávamos ali mesmo srsrsrs.
A parada não foi demorada, almoçamos, descansamos um pouco e
pé na estrada, próxima parada Praia de Copacabana, continuamos seguindo pela
BR101, já próximos a ponte Rio-Niterói pegamos um leve congestionamento,
aproveito o espaço e faço um pequeno comparativo sobre o comportamento das
pessoas no transito nos diferentes estados em que passamos, SP e MG as pessoas
agem bem parecidas, um ou outro são apressadinhos e abusados, BA com exceção
das pessoas nas estradas que pisam bem, o pessoal é calmo srsrsr como era de se
esperar do povo baiano, ES começa o stress e no RJ é o caos total, o estilo de
pilotagem é bem agressivo e perigoso, vi cada coisa na estrada que só de
lembrar da medo, dentro da cidade a coisa melhora um pouco, mas ainda era bem
agressivo, somos de SP acostumado com toda a suas complexidades no transito,
mas no Rio... achei bem punk, passamos por tantas placas já na ponte
Rio-Niteroi que se não fosse o GPS jamais chegaria a Copacabana, é estranhamos
também o limite de velocidade, avenidas que geralmente em SP possuem o limite
de 60 no RJ é 80, e pra você que é de fora e já está meio perdidão isso é bem
ruim, passei por alguns pontos que achei que iriamos ser atropelado srsrsrs.
Passava das 15:00hrs. quando chegamos a Copacabana, próxima
missão encontrar o Hostel, o GPS até que foi bem, deixou a gente na avenida
certinho, porém não achamos a entrada do Hostel, foram aproximadamente umas 10
voltas no quarteirão tentando localizá-lo, quando finalmente encontramos o
Hostel descobrimos que o mesmo não tinha estacionamento, estávamos em pela
avenida nossa senhora de Copacabana, com faixa exclusiva de ônibus a direita e
sem lugar para estacionar, foi muito estressante, estávamos suados e muito
cansados, por fim conseguimos uma vaga de frente pro mar, as 17:30hrs, nossa
sorte é que a zona azul do RJ vale para o dia todo, compramos 3 folhinhas e
deixamos o carro lá até o dia de ir embora, agora era só carregar as malas até
o Hostel.
O quarto que pegamos era muito bacana, na verdade é uma
Kitnet ao lado do Hostel em um prédio residencial, eles alugam do proprietário
e utilizam como extensão do Hostel, a kit tem um vista linda de frente para o
mar, de onde pode ser vista toda a praia de Copacabana até o Pão de Açucar.
Nosso primeiro dia no Rio não foi muito agitado, depois de
tomarmos um belo banho e descansarmos um pouco saímos para uma caminhada pela
orla, andamos a praia de ponta a ponta, passamos em frente ao famoso Copacabana
Palace que estava lindo, todo iluminado. O Rio já estava bem agitado por conta
da Jornada Mundial da Juventude que iria ocorrer na próxima semana, depois
fomos jantar, o local escolhido foi uma pizzaria que tinha próxima do prédio
que estávamos.
Depois de uma boa noite de sono o jeito era aproveitar um
majestoso dia de sol, tomamos café no restaurante do Hostel e bora pra praia,
tínhamos apenas um tia inteiro para aproveitar a praia e conhecermos o que
fosse possível, é engraçado estar num lugar diferente ao chegarmos na avenida
Atlântica para pegar uma taxi, nos deparamos com o transito todo para o sentido
contrário, pensamos ué srsrs que que é isso, um taxista nos informou que a mão
da via seguia sentido centro até as 10:00 da manhã, lá vai a gente voltar para
a avenida que estávamos para pegarmos um taxi, e seguimos até a Praia de
Ipanema, a ideia não era passar o dia por lá, e sim conhece-la, descemos do
taxi próximo ao Leblon e viemos voltando pelo calçadão sentido Arpoador,
caminhando admirando aquela paisagem nos fazia não querer chegar ao nosso
próximo ponto de parada, exceto pela Melissinha, que queria ir para a água a
todo instante, tínhamos que ficar brigando com ela a todo instante, caminhar
pela praia de Ipanema é sentir-se um ator figurante de alguma novela, você vê
aquelas pessoas correndo, andando de bike, patins, você vê as babas com os
nenéns andando de carrinho, a geração saúde
praticando academia ao ar livre com os personal trainers, nos sentimos
num capítulo de novela, não têm como negar a beleza do Rio, realmente a cidade
é linda.
Após um tempo caminhando chegamos ao Arpoador, o ponto mais desejado
da viagem, a Amanda queira muito conhece-lo, de lá pode ser observada toda a
praia de Ipanema e o Leblon, a paisagem é fantástica, tanto para orla quanto
para o mar, pode ser vista as pedras da baleia, as três marias e muitas outras
coisas, quem nos ajudou a nos situarmos foi um senhor muito simpático que
conhecemos lá, um amante inveterado pelo Rio, este senhor está fazendo sua
corrida matinal, e ia recolhendo as sujeiras que os “porcões” iam jogando pela
bela cidade, este senhor nos viu fazendo uma filmagem do arpoador e perguntou
se sabíamos o que estávamos filmando, falamos que não, foi então que ele deu
uma aula de geografia e história sobre o Rio de Janeiro, um espetáculo... Mas
não pense que não há pontos negativos, pois tem, o Arpoador fede a xixi e a
coco, quase que insuportáveis, o pessoal deve ir pra lá ver o por do sol e
acabam fazendo suas necessidades por lá mesmo, uma pena... vou pular a parte em
que a Melissa fura o dedo no cacto porque é irrelevante srsrsrs.
De volta a nossa caminhada agora faltava pouco para tomarmos
aquela gelada na praia, passamos pelo forte de Copacabana e era hora de
conhecermos as famosas estátuas de Dorival Caymmi e Drummond de Andrade, não
poderia faltar àquela foto cumprimentando Dorival e de papo com Drummond srsrs
chega ser engraçado mas forma até fila para tirar foto com eles, enfim chegamos
a Copacabana, vou abrir um parênteses aqui para dizer que o Rio é uma cidade
com muitos, mais muitos pontos turísticos, e o ideal é fazer esse passeio sem
crianças, pois as crianças não querem saber dessas coisas, eles querem mais é
brincar na água e na areia, cravamos nosso pé na areia agora era relaxar
debaixo de um guarda sol e curtir, Copacabana é uma praia ao estilo de SP,
barracas na areia, quiosque nos calçadão, passamos o dia todo por lá.
No nosso último dia no Rio tínhamos apenas meio período para
curtir, a ideia inicial era irmos para o Cristo, mas depois do papo com o
senhor do arpoador decidimos conhecer o pão de açúcar, o que é aquilo, que
lugar lindo, fazer aquele passeio é muito marcante, você lembra-se dos os
filmes, novelas e reportagens feitas de lá ou com o morro da Urca de pano de
fundo, não tenho muitas palavras para descrever aquele lugar, mas as fotos que
serão postadas em seguidas por si só demonstrarão todo o nosso sentimento,
achei o passeio caro, foram 50 reais para cada adulto, nossa filha não pagou,
mas vale a pena, pois não é um passeio que se faz todos os dias, saímos do Rio
muito feliz ao som de uma bossa nova, próxima parada seria uma rápida passagem
pelo Santuário Nacional de Nossa Senhora da Aparecida.